Curva ABC – Diagnóstico De Estoque. Como Utilizar?16 min read


Curva ABC é uma ferramenta gerencial que auxilia a identificação dos itens que necessitam de uma “atenção” especial do gestor, seja por algum tipo de deficiência, seja por lucro, venda ou produtividade.

Esse sistema utiliza parâmetros que fogem dos fatores costumeiros, permitindo o tratamento adequado quanto à sua importância relativa.

Também conhecida como curva 80 – 20, esta ferramenta vem auxiliando a administração de custos com bastante ênfase.

Uma análise ABC ou 80 – 20 consiste da divisão dos itens de estoque por três grupos de acordo com o valor de demanda, em se tratando de produtos acabados, ou valor de consumo quando se tratarem de produtos em processo ou matérias-primas e insumos.

O valor de consumo ou valor de demanda é determinado multiplicando-se o preço ou custo unitário de cada item pelo seu consumo ou sua demanda.

Assim sendo, como resultado de uma típica classificação ABC, surgirão grupos divididos em três classes, como segue:

  • Classe A: Itens que possuem alto valor de demanda ou consumo.
  • Classe B: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo intermediário.
  • Classe C: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo baixo.

Uma análise ABC deve obrigatoriamente refletir a dificuldade de controle de um item e o impacto deste item sobre os custos e a rentabilidade, o que de certa maneira pode variar de empresa para empresa.

Deve-se ter em mente ainda que, apesar da análise ABC ser usualmente ilustrada através do valor de consumo anual, este é apenas um dos muitos critérios que pode afetar a classificação de um item.

Com isso, a curva ABC é uma importante ferramenta para a administração, possibilita também informações estratégicas para a realização de compra de mercadorias, exclusão de itens (redução de estoques, controle sobre o (s) produto (s) entre outras formas de controles.

O ponto chave da Curva ABC é ver (constatar) que as maiores parcelas do VALOR (acumulado) correspondem às menores parcelas da QUANTIDADE. Quanto mais desuniforme a distribuição, mais se acentua a Curva ABC.

Mais interessante e vantajosa se torna a sua aplicação.

Curva ABC

Como fazer a curva abc

Um dos maiores desafios das pequenas e médias empresas é gestão de estoque. Com uma boa administração dos produtos armazenados, é possível reduzir custos desnecessários e até mesmo melhorar a qualidade e distribuição dos itens.

Classificar as mercadorias de acordo com sua importância para a empresa é uma tarefa essencial para evitar a perda de itens prioritários ou a necessidade de se livrar deles de forma apressada.

Atualmente, existem sistemas informatizados que contribuem para a melhoria desse processo, dispensando as planilhas e aumentando a produtividade.

No entanto, algumas ferramentas tradicionais também podem ajudar a tornar a tarefa um pouco mais inteligente.

Uma delas é a curva ABC, que teve origem em uma teoria do economista italiano Vilfredo Pareto, que identificou que 80% das consequências se originam a partir de 20% das causas.

A teoria passou a ser aplicada também na administração para classificar perfis de clientes, produtos e outros dados, contribuindo de forma crucial para algumas atividades essenciais das empresas.

Como calcular a curva abc

Para calcular a curva ABC é preciso, primeiramente, listar todos os itens que estão em estoque durante um determinado período de tempo.

Para cada linha de produto, insira as seguintes colunas: descrição, preço unitário, quantidade e valor total (preço unitário X quantidade).

Inclua uma nova coluna para classificar os itens pelo valor total, em ordem numérica. Em seguida, utilize essa coluna para reorganizar os produtos de acordo com seu valor total, em ordem decrescente.

Adicione outra coluna para inserir o valor total acumulado, ou seja, o valor do produto em questão somado ao valor de todos os itens anteriores.

Por último, inclua uma coluna extra para calcular a porcentagem que o valor de cada item representa em relação ao valor total acumulado de todos os produtos.

Com a planilha organizada desta forma, você terá à sua disposição uma classificação para gerenciar os produtos de acordo com sua prioridade.

Ao somar a porcentagem de cada tipo de produto sobre o valor total acumulado, por exemplo, sua empresa será capaz de identificar que itens deve controlar para gerenciar 80% do valor estoque (Classe A).

Esses itens deverão ser acompanhados de perto por seus funcionários e dispor de um estoque de segurança reduzido.

Já os itens da classe C (5% do valor) podem ter controles mais simples e estoques de segurança ampliados, enquanto a classe B (15% do valor) pode ter uma estratégia intermediária de gerenciamento.

Exemplo de curva abc

As letras A, B e C são tradicionalmente empregadas para representar classes ou grupos de produtos.

Os fatores que influenciam nos percentuais a serem observados variam de acordo com as atividades que a empresa desempenha, o giro no estoque, a quantidade armazenada, a margem de lucro em certo período, dentre outras.

Desta forma, as demandas não são matematicamente determinadas, e funcionam mais ou menos como explicamos abaixo:

Produtos de Classe A

São aqueles classificados como de maior importância, valor ou quantidade. São os itens para os quais a empresa concede mais prioridade, correspondendo a 80% do estoque, distribuído em 20% do total de mercadorias no período.

Produtos de Classe B

São os que são considerados com importância, quantidade ou valor intermediário, importando em média prioridade e correspondendo a mais ou menos 15% do estoque, distribuído em 30% dos itens armazenados.

Produtos de Classe C

São os que apresentam menor importância, valor ou quantidade, satisfazendo a 5% do estoque, e se enquadrando a 50% de produtos considerados em um dado período.

No caso, os produtos classificados como de Classe A recebem dos gestores um tratamento mais distinto, já que seriam mais preciosos para a empresa.

Se o administrador pretende montar uma curva ABC, inicialmente deve levar em conta todos os produtos que estejam armazenados em determinado período.

Depois, cada item precisa ser registrado de acordo com fatores diversos, como valor unitário, descrição, quantidade e valor total (multiplicação do preço unitário pela quantidade), dentre outros aspectos indispensáveis.

É preciso colocar, então, os produtos em ordem segundo seu valor total, a fim de se examinar a porcentagem que o valor de cada item representa para sua empresa, em contraste ao valor total acumulado de todos os produtos estocados.

Para isso, o gestor deverá utilizar planilhas para construir os cálculos, manualmente ou em seu computador pessoal, aplicando-se as fórmulas pertinentes.

Os gestores de hoje em dia, no entanto, não precisam se preocupar com cálculos complexos ou com práticas difíceis de entender, desempenhar e examinar.

Atualmente, existem alguns softwares e sistemas informatizados que contribuem para a otimização do tempo e da produtividade da empresa com a classificação da curva ABC, bastando cadastrar e registrar os dados de entrada das operações.

Curva ABC

Porque a curva abc é importante

Saber gerir o estoque de maneira eficiente é uma das grandes características que separa os bons empresários daqueles que se baseiam na sorte.

Ter muitos produtos estocados significa mais capital parado e que poderia ser reinvestido na loja ou até estar rendendo em um banco.

Por outro lado, poucos produtos podem significar ruptura de estoque e perda de venda, além de abrir a possibilidade do seu público conhecer os seus concorrentes.

Uma das melhores maneiras de se gerir estoque é através da Curva ABC, assim, você tem um controle mais apurado, um melhor fluxo dos produtos e ainda saberá o consumo ideal de produtos baseado no perfil de cada loja.

Sendo assim, a Curva ABC pode ser definida como um método de classificação de informações, que ordena de forma decrescente grupos de itens de acordo com a sua importância e impacto em determinado período.

Esse método pode ser utilizado para planejamento de vendas, gestão de clientes, estabelecimento de prioridades e na gestão de estoque.

Pois observa-se que uma pequena quantidade de itens tem grande impacto no negócio, seja em vendas, clientes ou estoque, da mesma maneira que Pareto observou em seu estudo.

Sabendo a importância de cada produto, é mais fácil controlar o faturamento da sua loja, podendo identificar por quais motivos você não bateu ou superou a meta de determinado período.

Por exemplo, é possível que você não bata a meta em um trimestre, porque um ou mais produtos A não foram bem trabalhados e venderam menos, o que acarreta em uma grande queda do seu faturamento por causar ruptura no estoque.

Se isso acontecesse com produtos C, o impacto não seria tão grande.

Obviamente, você deve trabalhar com todos os produtos no seu estoque, pois, mesmo que haja pouca procura por itens C, ainda há clientes que vão comprá-los.

Importante ficar atento nas quantidades vendidas dos produtos C. Algumas vezes eles possuem uma ótima saída, mas continuam como C por causa do seu baixo valor de venda. Assim, ter a quantidade adequada no estoque, é essencial.

Então, a grande vantagem de se trabalhar com a Curva ABC para o estoque é saber as quantidades de cada produto de maneira mais eficiente e otimizando o seu capital e também o espaço físico da loja.

Benefícios de aplicar a curva abc

Manter uma gestão de estoque eficaz é essencial para atender as demandas dos clientes e garantir receita. Apesar de ser uma atividade operacional, seus resultados refletem diretamente em outras áreas, incluindo a saúde financeira do negócio.

Nesse sentido, a curva ABC é um excelente recurso para alcançar um controle mais acertado. Quando bem implementada, a curva ABC garante diversas vantagens para a gestão de estoque, mas também influencia outras áreas positivamente.

Estoques mais coerentes com a realidade de vendas

Como essa análise orienta para os itens que são mais vendidos e trazem mais retorno para o negócio, pode-se dizer que ela ajuda a identificar quais produtos devem ser comprados com maior frequência e quantidade.

Isso faz com que a composição do estoque esteja alinhada à demanda dos clientes, aumentando o índice de atendimento dos pedidos.

Redução de desperdícios

Outro ponto importante, ainda ligado ao aumento da precisão na composição dos estoques está na redução dos desperdícios.

Se existe a garantia de que os produtos adquiridos serão mais vendidos, a redução de perdas se eleva consideravelmente.

Essa vantagem reflete na gestão financeira, uma vez que a diminuição das perdas também reduz o desperdício de capital.

Investimentos mais inteligentes

Com essas informações a respeito dos produtos, o setor de compras passa a ter dados mais acertados a respeito do que precisa ser comprado e em qual frequência isso deve ser jeito.

Assim, o capital de giro passa a ser usado de maneira inteligente, garantindo que o retorno seja mais favorável.

Aumento da lucratividade

Como já foi dito, uma das variáveis usadas na classificação de um item está ligada à margem de lucro que ele proporciona quando é vendido.

Dessa forma, com as compras feitas de forma mais acertada e a redução dos custos com desperdícios, é seguro afirmar que a lucratividade aumenta.

Elaboração de estratégias mais eficazes para o fluxo de caixa e capital de giro

Com as melhorias alcançadas na gestão financeira, tanto os resultados do fluxo de caixa quanto a utilização do capital de giro se tornam mais satisfatórios.

Dessa forma, o gestor pode elaborar estratégias de maneira mais segura e eficaz — o que pode ser ainda mais otimizado com a utilização de um sistema de gestão financeira.

Qualquer erro na gestão de estoque, além de trazer impactos para os resultados logísticos, pode causar impactos negativos nas áreas de Compras, Vendas e Financeira.

Por isso, é sempre importante estar atento às rotinas e garantir um controle eficaz. E a curva ABC é um excelente recurso para otimizar as operações.

Curva ABC

Utilizando a Curva ABC no controle do estoque

Os estoques podem ser uma dor de cabeça ou uma alegria para os empreendedores, tudo depende da sua organização. Entenda como a curva ABC pode te ajudar com isso.

Para se administrar uma empresa, existe um ponto crucial que separam os “bons empreendedores” de “aventureiros”: ter excelência na gestão do controle do fluxo de caixa.

Ou seja, gerar caixa positivo no final do mês, em vez de ficar no vermelho.

A receita é simples:

  • Obter o maior prazo de pagamento possível com seus fornecedores
  • Receber o quanto antes do seu cliente, de preferência antecipado ou com um prazo menor com o qual você paga para o seu fornecedor
  • Principalmente empregar o menor capital possível em estoque (matéria prima + produto acabado), com um bom nível de serviço prestado ao seu cliente

Para se obter um bom resultado dessa receita, é preciso conhecer algumas ferramentas que podem auxiliar o empreendedor a fechar essa conta no positivo, principalmente quando se trata de gestão de estoque.

A meta é investir estritamente o necessário em estoque. Muito estoque pode fazer com que o seu dinheiro fique parado quando você poderia estar investindo em um banco.

Já pouco estoque pode acarretar em uma perda de venda, gerando menos receita por falta de estoque, além de abrir uma oportunidade de entrada para a sua concorrência no mercado.

Para evitar isso, o seu administrador pode utilizar o conceito de curva ABC para gestão do estoque de produto acabado e de matéria prima.

Assim, se houvesse a necessidade de controlar 80% do valor do estoque, deve-se controlar apenas os quatro primeiros itens (já que eles representam 80 %).

O estoque (ou as compras, ou o transporte, etc.) dos itens da classe A, tendo em vista seu valor, deve ser mais rigorosamente controlado, e também devem ter estoque de segurança bem pequeno.

O estoque e a encomenda dos itens da classe C devem ter controles simples, podendo até ter estoque de segurança maior. Já os itens da classe B deverão estar em situação intermediária.

No que diz respeito à análise de clientes, a curva ABC serve para analisar a dependência ou risco face a um cliente, ou ainda para que tipo de clientes a organização se deve focar.

Consiste em ordenar os clientes por ordem decrescente da sua contribuição para a empresa, de modo a se poder segmentar por grau de dependência, de risco ou ainda por outro critério a definir.

Numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação de produção, etc.

Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa como um parâmetro que informa sobre a necessidade de aquisição de itens – mercadorias ou matérias-primas – essenciais para o controle do estoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor.

Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização.

Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos com a curva ABC.

No caso de administração de estoques, apresenta resultados da demanda de cada item nas seguintes áreas: giro no estoque; proporção sobre o faturamento no período; margem de lucro obtida.

O que importa é que a análise de todos os parâmetros propicia o trabalho de controle de estoque do analista cuja decisão de compra pode se basear nos resultados obtidos pela curva ABC. Os itens considerados de Classe A merecerão de um tratamento preferencial.

Assim, a consequência da utilidade desta técnica é a otimização da aplicação dos recursos financeiros ou materiais, evitando desperdícios extras ou aquisições indevidas e favorecendo o aumento da lucratividade.

Características da curva abc

As letras A, B e C representam grupos de produtos de acordo com a sua importância para o negócio.

Os fatores que influenciam variam com cada segmento de mercado, como giro no estoque, quantidade armazenada, margem de lucro e outros.

Mas, de maneira geral, no varejo considera-se a representação no faturamento da loja e o valor agregado de determinado produto.

As classificações ocorrem da seguinte maneira:

Produtos de maior importância

São os primeiros produtos que representam 50% do faturamento da sua loja, geralmente são poucos que estão nessa categoria, assim, deve-se dar mais prioridade a eles e precisam representar também cerca de 50% do valor total de venda do seu estoque.

Produtos de importância intermediária

São os próximos produtos que representam os 30% seguintes do faturamento da loja, dando-se média prioridade a eles. Devem representar também cerca de 30% do valor total de venda do seu estoque.

Produtos de menor importância

Sãos os demais produtos que representam os 20% restantes do faturamento da sua loja, geralmente é uma grande variedade de itens que estão nessa categoria.

Assim, dá-se menos prioridade a eles e estes representam também cerca de 20% do valor total de venda do seu estoque.

Dessa forma, os produtos A têm maior atenção dos gestores e vendedores, colocando-os em posição de destaque na loja e trabalhando melhor com eles no momento da venda.

Para o cálculo, basta ordenar os produtos de acordo com a representação no faturamento e compará-los com a quantidade em estoque. Vamos ver como fazer isso em apenas três passos.

Primeiro passo: Levantamento

Levanta-se todos os produtos vendidos em determinado período (o ideal é 60 dias).

Para cada produto, registra-se o valor da venda líquida.

Coloca-se a classificação de acordo com a venda líquida, sendo o 1º o de maior valor.

Segundo passo: Classificação

Ordena-se os produtos de acordo com a classificação estabelecida no passo anterior.

Calcula-se o valor das vendas acumuladas para cada produto.

Em cada produto, calcula-se a porcentagem sobre o valor total das vendas acumuladas (Valor das Vendas Acumuladas de cada Produto, multiplicado por 100 e dividido pelo Valor Total das Vendas).

Terceiro passo: Definição

Para definição das classes A, B e C, considera-se o acumulado até 50% como A. No exemplo, são os 2 primeiros itens.

Para ser B, são os 30% seguintes do acumulado, ou seja, os 2 seguintes.

E, para C, são os 20% restantes do acumulado, ou seja, os 6 últimos produtos.

Como você pode ver, no nosso exemplo, poucos produtos (20%) são A e muitos (60%) são C.

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