O assédio moral no trabalho pode acontecer de muitas maneiras diferentes. Se você se sentir como se estivesse sofrendo bullying no local de trabalho, isso pode ser um problema muito devastador e angustiante e pode afetar sua saúde emocional.
Quando se fala de bullying, a maioria das pessoas pensa que isso acontece apenas nos playgrounds e salas de aula da escola, mas para muitos adultos, o assédio moral no trabalho se tornou o flagelo do seu dia e muitas vezes parece que não há o que fazer.
O Que é Assédio Moral no Trabalho?
Embora possa assumir a forma de xingamentos, abusos físicos, intimidação social ou mesmo cyberbullying, no local de trabalho, o assédio é uma forma de comportamento abusivo em que um indivíduo ou um grupo de pessoas cria um ambiente intimidador ou humilhante para outro.
Esse comportamento atinge a dignidade, segurança e bem-estar da pessoa, tornando-a ansiosa, deprimida e também afetando sua vida familiar.
Você pode ouvir muitas opiniões diferentes sobre o assédio moral no trabalho. Muitos empregadores não conseguem ver a legitimidade, ou efeitos muito reais que um agressor pode ter sobre um indivíduo, e tentam enquadrar o bullying de tal maneira que ele é visto como um não-problema.
O assédio moral no trabalho é caracterizado por um comportamento ofensivo, intimidador, malicioso ou insultuoso, abuso ou uso indevido do poder através de meios que minam, humilham, denigram ou ferem a pessoa que está sendo intimidada.
Aqui existe um padrão de comportamento, em vez de instâncias isoladas, acontecendo repetidamente e persistentemente ao longo do tempo.
Você pode ouvir os empregadores descreverem o bullying como muitas outras coisas, mas certamente não é, como por exemplo:
- Um choque de personalidades
Se você está sendo sistematicamente menosprezado, excluído ou intimidado, você não está apenas entrando em conflito com alguém, isso é constrangimento e agressão.
- Construção de personagem
Observações e ações negativas em relação a você não construirão nenhum tipo de personagem. Os efeitos podem ser debilitantes e afetam sua saúde emocional.
- Um estilo de liderança
Gerentes excessivamente agressivos ou dominantes podem tentar passar o bullying como seu estilo de gestão, mas se você se sentir ameaçado, isso realmente é assédio moral no trabalho.
- Provocado pela vítima
O assédio moral nunca é culpa da vítima e é frequentemente motivado pelas próprias inseguranças do perpetrador ou pelo desejo de progredir na carreira.
É importante lembrar que, se você está sendo intimidado, todos os incidentes são relevantes, porque eles estabelecem um padrão.
Assédio inclue quaisquer comportamentos indesejados em relação a:
- Sua idade, sexo ou sexualidade
- Seu estado civil, gravidez ou direitos maternidade / paternidade
- Sua raça, religião ou crenças
- Suas deficiências ou necessidades adicionais
Saúde Emocional vs. Assédio Moral no Trabalho
O assédio moral no trabalho pode ter um impacto devastador na saúde emocional e na sua própria autoestima, mas nem sempre é fácil saber onde você pode obter apoio.
É perfeitamente compreensível que você não se sinta confortável o suficiente para encontrar alguém no local de trabalho em que possa confiar, especialmente se as coisas estiverem tensas e difíceis e você tiver que encarar isso todos os dias.
Pode não ser fácil falar sobre o assédio que você está sofrendo, mas compartilhar como você está se sentindo e confiar em alguém pode ajudar a evitar que as emoções transbordem para sua vida pessoal.
É inevitável que em algum momento o bullying no trabalho tenha impacto em sua vida familiar. Conversar com seu parceiro ou família pode não ser fácil porque você tem laços emocionais muito próximos, mas pense que, se fosse o contrário, com certeza você iria dar o seu apoio.
Sua casa provavelmente será seu refúgio ou santuário e você pode apenas querer fechar a porta e esquecer o que está acontecendo no trabalho.
No entanto, se você não encontrar uma saída, isso pode significar que as emoções ficarão em alta e você volta para casa sentindo-se mais agitado e estressado, podendo significar que o menor motivo causará comportamentos explosivos e sua vida familiar começará a se deteriorar.
Então, o que você pode fazer para controlar seu próprio bem-estar emocional e ajudá-lo nessas dificuldades?
- Escreva um diário
Um diário pode ser uma ótima maneira de expressar como você está se sentindo e também pode ajudar a garantir que você tenha um relato por escrito do que está acontecendo.
- Analise a situação
Tire algum tempo para pensar em como você está realmente se sentindo. Muitas pessoas se sentem assustadas, estressadas, ansiosas e com pouca confiança.
Se você reconhecer algum destes sinais e achar que isso pode provocar um afastamento do trabalho num momento que é impróprio, procure ajuda profissional.
- Dê um tempo a você mesmo
O estresse pode ter um impacto devastador na saúde emocional e pode significar que tirar alguns dias de folga do trabalho pode ajudá-lo a se sentir mais calmo.
Não se sinta culpado ou envergonhado porque precisa de um tempo. O assédio moral no trabalho não é aceitável e pode ter um efeito debilitante na saúde física e emocional.
- Compartilhe
Participe de fóruns de apoio ao trabalho, onde você pode encontrar outras pessoas que já passaram ou estão passando por algo semelhante. Compartilhe experiências e dicas.
- Conheça a questão legal
Assuma o controle e obtenha aconselhamento jurídico sobre assédio moral no trabalho. Eles são especialistas nesta área e capacitados para dar assistência a empregados e empregadores.
É importante descobrir exatamente qual é a sua situação e quais os direitos que você tem, pois isso pode ser realmente necessário no futuro.
- Reconheça-se
Pense nas suas opções: são coisas tão estressantes de você ter que fazer algo em prol da sua saúde, ou você sente que é forte o suficiente para lutar contra isso sozinho e vai tomar uma atitude?
- Mudança de emprego
Vale a pena pesquisar outras oportunidades de trabalho, conhecer as opiniões dos colaboradores de outras empresas para ter uma ideia de como está o mundo lá fora.
Esses acontecimentos negativos podem ter consequências positivas na sua vida, fazendo-o sair de sua zona de conforto e buscar novos ares, novas vivências e seu progresso profissional.
Cuidando de si mesmo
Estas são as etapas que você pode aplicar para si mesmo se estiver sendo vítima de assédio moral no trabalho. Algumas serão mais difíceis do que outras, mas é crucial que você se lembre de como é importante cuidar de você.
Sabemos que o estresse pode afetar a pressão arterial, por isso vale sempre a pena fazer exames regulares com seu médico para garantir que você esteja saudável.
Ouça o que seu corpo está lhe dizendo e não ignore nenhum sinal. Encontrar um hobby ajuda a relaxar, também sendo uma grande estratégia para garantir que você fique calmo e saudável. Exercícios físicos são outra ótima saída para liberar o estresse e a ansiedade. Veja mais algumas ideias que podem ajudar:
- Fazer natação antes ou depois do trabalho pode ajudar a acalmar o cérebro e colocá-lo em um bom estado de espírito;
- Um passeio no campo ou na praia também pode ser outro maravilhoso tônico;
- A meditação pode ser uma ótima maneira de encorajar a mente a desligar e relaxar;
- Andar de bicicleta com a família;
- Tai Chi ou yoga também podem ajudar a equilibrar mente, corpo e alma.
- Frequentar academia ou algumas artes marciais podem ser ótimos para extravasar.
Não precisa custar muito dinheiro para se manter saudável e menos estressado. Há muitas coisas que você pode fazer com baixo custo. Você pode nem sempre se sentir bem, mas às vezes precisamos nos esforçar. Quanto mais você faz, mais você se acostuma.
Razões do Assédio Moral no Trabalho
Todos os dias, trabalhadores são intimidados e abusados no trabalho. Na verdade, a questão do assédio moral no trabalho é um problema crescente que afeta quase 30% de todos os trabalhadores durante suas carreiras.
Se você tem experimentado o assédio moral no trabalho, você pode estar se perguntando “por que eu?” E você não está sozinho. Aqui estão algumas razões comuns pelas quais as pessoas são alvo de agressões no local de trabalho.
Sua qualificação
Você pode ser intimidado porque recebe muita atenção positiva pelo seu trabalho. Talvez você seja inteligente, determinado, criativo e contribua regularmente com ideias inovadoras.
Ou talvez você vá além e ganhe reconhecimento pela sua dedicação. Talvez você tenha mais facilidade e competência na realização de suas tarefas, enquanto outros possuem mais dificuldades.
Todas essas coisas atraem a atenção de pessoas invejosas e inseguras. Como resultado, eles visam você porque eles se sentem inferiores ou se preocupam com o fato de que suas habilidades ofuscam o trabalho deles. Os chefes do bullying, em particular, visam trabalhadores qualificados e roubam o crédito ou prejudicam o trabalho do alvo.
Sua popularidade
É um mito que todas as vítimas de bullying são solitárias e proscritas sem amigos ou conexões sociais. Muitas vezes, as pessoas mais populares é que são mais vulneráveis ao assédio moral no trabalho.
Se isso descreve você, os perseguidores acreditam que você representa uma ameaça à sua própria popularidade e status social no trabalho. Se você é bem quisto no trabalho, essa pode ser a razão por trás dos ataques e golpes contra você.
Seu caráter e idoneidade
Se você se descrever como atencioso, social e colaborativo, essa pode ser a razão pela qual você está sendo intimidado. Para alguns mal intencionados, essas características drenam o poder que eles acreditam que têm no ambiente.
Essas pessoas querem estar no controle e direcionar os holofotes para si. Então você pode ser um alvo porque sabe trabalhar em equipe. Isso não significa que você deva mudar seu comportamento.
São simplesmente algumas dicas sobre por que você está sendo perseguido. Você também pode ser alvo em função de sua ética. Por exemplo, pessoas que expõem práticas fraudulentas são frequentemente intimidadas por aqueles que não são adeptos da honestidade.
Sua vulnerabilidade
Se você é introvertido, ansioso ou submisso, é mais provável que você seja intimidado no trabalho do que aqueles que são extrovertidos e assertivos.
Na verdade, uma pesquisa mostrou que, se os adultos trabalharem para desenvolver suas habilidades de auto estima e assertividade, podem diminuir a probabilidade de serem alvos de assédio moral no trabalho.
Há também algumas evidências de que a depressão e outras condições relacionadas ao estresse podem atrair a atenção dos agressores.
Se você está sofrendo de alguma dessas condições, é importante obter tratamento. Converse com seu médico sobre seus sintomas. Depressão, ansiedade e condições relacionadas ao estresse nunca devem ser deixadas sem tratamento. Além do mais, o bullying apenas exacerbará seus sintomas.
Suas preferências ou necessidades
Você pode sofrer assédio por causa de seu sexo, sua idade, sua raça, sua preferência sexual ou sua religião. Você também pode sofrer bullying se tiver alguma deficiência ou doença.
Qualquer que seja a razão, os agressores do local de trabalho destacam e visam pessoas que são diferentes deles de alguma forma. Eles também tendem a discriminar os outros. Se você está sendo intimidado por qualquer uma dessas razões, você pode recorrer a algum recurso legal.
Como Proceder no Caso de Assédio Moral no Trabalho
Em primeiro lugar, você deve procurar resolver seu problema informalmente. Se você se sentir seguro e confortável falando com a pessoa que sente que o está incomodando, é uma boa ideia fazê-lo.
Informar que você seguirá uma linha mais oficial caso a conversa informal não surta efeito, pode ser o suficiente para impedir a continuidade dos ataques.
Em alguns casos a maneira informal não é uma opção, e se for isso, você deve fazer com que a gerência, RH ou seu sindicato saiba que você acredita que o assédio está acontecendo e eles devem tomar as medidas necessárias.
Se você ainda não estiver satisfeito com o fato de o assédio ter sido interrompido, se ele não for levado a sério por seu superior ou se o problema piorar, você deve procurar fazer uma reclamação oficial por meio dos procedimentos de queixas legais.
Para alguns casos, os passos anteriores não são suficientes para resolver o problema, e é necessário tomar medidas legais em um tribunal do trabalho.
Isso geralmente ocorre em casos muito graves de má conduta. Seu empregador tem a obrigação legal de protegê-lo de comportamentos abusivos no local de trabalho.
Conheça as políticas da sua empresa sobre bullying e comportamento no local de trabalho, de dentro para fora. Eles devem ser detalhados e aplicados em todos os níveis pela gerência e os supervisores devem investigar todas as instâncias relatadas.
Documente qualquer incidente de assédio em detalhes: isso inclui a data, horários, local, quem esteve envolvido, o que aconteceu e os nomes de qualquer testemunha.
Converse com alguém sobre o seu problema. Pode ser outro colega, um amigo ou até mesmo sua família. Você não deve sofrer assédio e certamente não está sozinho. É uma boa ideia fazer sua pesquisa sobre intimidação e assédio, e será útil entrar em contato com algum órgão de assistência social.
Projeto de Reforma do Código Penal Sobre Assédio Moral no Trabalho
De iniciativa de Marcos de Jesus, deputado federal pelo PL – PE
Introduz artigo 146-A, no Código Penal Brasileiro – Decreto-lei nº 2848, de 7 de dezembro de 1940 – , dispondo sobre o crime de assédio moral no trabalho.
JUSTIFICATIVA
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Nos primórdios da história do Homem, a produção de bens e serviços era feita pela exploração dos mais fracos pelos mais fortes. A mão de obra escrava era recrutada através de guerras ou comprada como mercadoria.
Com o passar dos tempos e a visualização humanística do ser humano a força do trabalho, ao lado do capital, recursos naturais e tecnologia, passou a ser considerada fator nobre de produção.
A lendária figura do feitor, que chegava até a impor sanções físicas, foi substituída pelo líder administrativo, pessoa com conhecimentos de organização e relações humanas.
Ao trabalhador foi assinada jornada determinada de trabalho, previdência, descanso e lazer, integrados de modo a assegurar-lhe qualidade de vida. Políticas de incentivos buscam reconhecer-lhe o mérito e dar-lhe prestígio integrando-o cada vez mais na organização.
Ocorre, muitas vezes, na prática, que até a saúde do trabalhador é destruída pela violência cometida por alguns empregadores ou chefes, inclusive no serviço público.
Não cogitamos da violência corporal ostensiva, já devidamente contemplada na lei penal. Referimo-nos à violência consubstanciada no comportamento abusivo que atinge o psicológico e emocional do cidadão. É a prática reiterada que é temperada o mais das vezes pela ironia, mordacidade e capricho, com evidente desvio de poder.
Ditados por razões de ordem interna, mas sob a aparente máscara de exercer a autoridade ditada pelo serviço, o chefe passa a tomar atitudes tendenciosas e discriminatórias contra o indigitado empregado, submetendo-o a um verdadeiro festival de torturas.
E este, por temor de perder o emprego ou sofrer outro gravame, deixa-se crucificar. As consequências afloram posteriormente, sob a forma de doenças psicossomáticas, inclusive.
A gravíssima situação já foi diagnosticada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e os estudos por ela apresentados demonstram que, na União Europeia 9% (nove por cento) dos trabalhadores, o que correspondem a 13.000,000 (trezentos milhões) de pessoas, convivem com o tratamentos tirânicos de seus patrões.
Estima-se que entre 10% (dez por cento) e 15% (quinze por cento) dos suicídios na Suécia sejam decorrentes desse comportamento abusivo.
No Brasil, o fato foi comprovado por estudos científicos elaborados pela Dra. Margarida Barreto, médica do trabalho e pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, conforme nos noticia a revista Cláudia/abril/2001/p. 116.
Em estudo preparado em dois anos e meio de pesquisas constatou, a referida médica, que nas consultas por ela realizadas em sindicatos, as pessoas queixavam-se de males generalizados.
Aprofundando suas análises verificou que 80% (oitenta por cento) dos entrevistados sofriam dores generalizadas, 45% (quarenta e cinco por cento) apresentavam aumento de pressão arterial, mais de 60% (sessenta por cento) queixavam-se das palpitações e tremores e 40% (quarenta por cento) sofriam redução da libido.
E continua…
Versão final
ART. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO
SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 4.742, DE 2001
Acrescenta o art. 136-A ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal Brasileiro, instituindo o crime de assédio moral no trabalho.
O Congresso Nacional decreta :
Artigo 1º – O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal Brasileiro, fica acrescido do art. 136-A, com a seguinte redação :
“Art. 136-A. Depreciar, de qualquer forma e reiteradamente a imagem ou o desempenho de servidor público ou empregado, em razão de subordinação hierárquica funcional ou laboral, sem justa causa, ou tratá-lo com rigor excessivo , colocando em risco ou afetando sua saúde física ou psíquica.
Pena – detenção de um a dois anos.
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